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E assim a Psicologia veio até mim...

   Todo adolescente passa por esse momento: "o que vou fazer quando o ensino médio acabar?".

   Comigo não foi diferente... Estava com 17 anos e nesta fase já não morava mais com minha família e trabalhava como Jovem Aprendiz num grande Banco nacional. A necessidade falava mais alto que a vontade por fazer artes cênicas - e uma casa para ajudar a sustentar também. Me perdia em devaneios e conversas com uma colega de trabalho que já era Psicanalista e ficava cada dia mais encantado pelo que a Psicanálise podia oferecer enquanto recurso clínico para ajudar as pessoas. No entanto, optei por iniciar uma graduação em Administração por medo de perder a estabilidade que o banco me oferecia.

   Cheguei a cursar o até o 3º semestre do curso mas já não aguentava mais - o curso era excelente, mas não era minha realidade. Foi então que ganhei um livro de presente e tudo mudou. Projetei os meus anseios e desejos naquela personagem e a única coisa que passava por minha cabeça era: preciso ser útil e será assim junto à Psicologia.

Com muito medo de confrontar meu chefe (projeção de um complexo paterno mal resolvido naquela época), mudei de curso e fui para a Psicologia. Meu chefe não ficou muito satisfeito com isso... Mas afinal, era minha vida, meu futuro e meu desígnio.

   A cada disciplina, minha paixão aumentava. A Psicanálise fora meu primeiro flerte. Mas não durou muito... Conheci uma professora espetacular que me apresentou à Fenomenologia Existencial. Estava tudo pronto: quando chegarem os estágios, essa será a abordagem que escolherei como base teórica.

Engano meu (rs). Ouvia falar de longe sobre um tal de Jung mas, sempre ouvia em seguida o quão 'complexo' era entendê-lo. Mas os caminhos me colocaram diante da exclusividade de uma disciplina voltada apenas à Psicologia Analítica (Junguiana). A negação foi minha primeira reação: "tenho até apresso mas não consigo entender", dizia inicialmente.

   Lá se vai a primeira avaliação da disciplina e me surpreendo com um 10,0. Algo estava começando a fazer sentido. Em seguida, me deparo com uma 'monografia' em que analisaria um filme de acordo às premissas junguianas... 40 páginas e, acreditem, mais um 10,0. Aqui eu já estava convencido que não seria mais a Fenomenologia... Jung estava me chamando. Decidi (junto às minhas amigas autoras da análise do filme) transformar a 'monografia' de 40 páginas em um artigo de 7 páginas para publicação no CONAC 2016 (Congresso Nacional do Conhecimento) - e fomos aprovados. Não tinha para onde correr: era a Psicologia Junguiana.

   Eventos promovidos por minha trupe, livros e mais textos e lá estava eu entendendo o que esse gênio queria dizer - e tendo mais dúvidas a cada leitura (rs). Chegou o 9º Semestre e escolhi a abordagem como base dos atendimentos na Clínica Escola da Unime Salvador. Foram muitas surpresas e, antes mesmo de finalizar o último semestre, lá estava eu me matriculando na Pós-graduação em Psicoterapia Junguiana pela PSIQUÊ. Mais uma alegria me acompanhou: TCC aprovado com nota 10,0 e um rendimento mais que satisfatório na pós-graduação. Sou Psicólogo (oficialmente) há 1 ano, atendendo no Consultório junto à Lumini Psicologia e Desenvolvimento, promovendo palestras, bate-papos e eventos sobre a Psicologia e vendo brilhar os olhos de outros estudantes, pais, crianças e adolescentes pois, sinto que estou cumprindo minha designação: SER ÚTIL ao universo e levar um pouco de conforto através da Psicologia que Jung nos presenteou.

 

   Em breve teremos mais novidades pois a Pós-graduação está terminando e um novo TCC vem por aí. Até mais!!!

(Paulo César Souza - 06 de agosto de 2018)

© 2018 por Paulo César Souza

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